A crise começa a tomar conta da vida dos portugueses e um certo sentimento de impotência e preocupação entra todos os dias nos telejornais que abrem com notícias de fecho de empresas e cortes de postos de trabalho numa escalada de que não há memória. As filas nos Centros de Emprego, os pedidos de apoio junto de instituições de solidariedade são a demonstração inequívoca da gravidade do problema.
As (melhores) perspectivas avançam já que ainda este ano teremos cerca de 10% da população activa em situação de desemprego. O cenário de uma crise prolongada, que afecta de forma transversal toda a sociedade, vai exigir medidas sociais excepcionais de apoio aos desempregados e ás empresas e uma especial atenção às famílias com mais carências.
- A propósito de ter a coragem de dizer a verdade
Nos últimos tempos tem sido comum assistir-se a comunicações institucionais, políticas ou pessoais em que se diz o que não se pretendia ou, pior, diz-se o que as pessoas não compreendem. Ás vezes, alguém vem dizer que afinal o problema é “apenas” a falta de coragem para dizer a verdade.
“Se tiver uma questão importante a comunicar, não tente ser subtil nem esperto. Utilize um malho. Dê-lhe um golpe certeiro. Depois, volte e dê-lhe outro. Em seguida, dê-lhe um terceiro, daqueles valentes”
Winston Churchill (1874-1965), estadista
A comunicação organizacional tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento das empresas e tem sido a expressão de um novo tipo de gestão nas relações sociais, conciliando elevada autonomia, participação, conhecimento e responsabilidade entre os seus membros.